Um costume histórico do tempo da monarquia pode nos ajudar
a entender essa realidade da nossa fé. Quando um rei era informado a
respeito de que alguma cidade ou região de seu reinado estava passando
muitas dificuldades por desobediência às leis, ele decretava a parusia.
Esse era o tempo em que o próprio monarca visitava aquela cidade.
À frente dele eram enviados mensageiros para avisar ao povo da
proximidade da chegada de sua majestade, a fim de exortá-los a uma
mudança de vida. Muitas vezes, quando o rei chegava ao local, as
situações erradas haviam sido corrigidas, pois o povo, antes em
desordem, acolhia o aviso da Parusia e mudava de conduta. Então, o
monarca não precisava castigá-los, mas celebrava com eles o
restabelecimento da ordem e da paz.
Entretanto, em alguns casos, as cidades persistiam na conduta errada e,
mesmo sendo avisadas da proximidade da visita do rei, em nada alteravam
seu modo de viver; algumas vezes, usando a demora do rei em chegar, até
pioravam as desordens. Isso obrigava o monarca a agir com severidade,
corrigindo as desordens e separando os bons dos maus. Esses últimos
experimentavam uma condenação, pois foram avisados, mas endureceram a
cabeça e o coração e não mudaram de vida, acabaram colhendo a condenação
que plantaram no tempo da desobediência.
"Estejamos dispostos às mudanças necessárias", ensina monsenhor Jonas
Nós como Igreja vivemos esse tempo da Parusia. Já fomos avisados de que o
nosso Rei virá em breve, e cada vez está mais próxima a Sua chegada. A
nós cabe o acolhimento ou não da exortação à mudança de vida, pois disso
dependerá o que vamos colher no tempo da segunda vinda de Cristo, nosso
Rei. Ele virá, isso é certo!
“O Senhor não tarda a cumprir sua promessa, como alguns interpretam a
demora. É que ele está usando de paciência para convosco, pois não
deseja que ninguém se perca. Ao contrário, quer que todos venham a
converter-se” (2Pd 3,9).
Não se engane com a demora da chegada do Senhor, pois esse é o tempo da
misericórdia para nós, para que o maior número de fiéis esteja entre
aqueles que o Rei, quando chegar, vai encontrar com a vida em ordem. A
demora d'Ele em voltar é a nossa chance de colocar nossa vida de acordo
com Suas exigências, pois nada poderá mudar essa verdade: Ele está
chegando!
Preparemo-nos, vigilantes e dispostos às mudanças necessárias, para que,
quando o nosso Rei chegar, em Sua vinda gloriosa, nós possamos tomar
parte com Ele desse lindo momento.
Deus o abençoe!
Da redação:
Fonta: Monsenhor Jonas Abib, Fundador da Comunidade Canção Nova
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